domingo, 24 de abril de 2016

Dragon Force - Colégio de Ermesinde




Hoje terminou mais um campeonato do Leo. Os meninos sub13 vinculados ao Colégio de Ermesinde, que por sua vez tem um vínculo com a Dragon Force do FCPorto conseguiram a permanência na 1ª divisão do seu campeonato distrital. Um feito memorável!!! Na minha opinião nem por isso. Mas apenas por não atribuir um valor relevante a resultados ou classificações em tão tenra idade. Aprecio bem mais a aprendizagem e evolução, tanto psicológica como desportiva, do que os tais resultados. Ainda não sei se o Leo continuará o seu percurso desportivo na mesma agremiação, remeto para ele a escolha, com liberdade e responsabilidade, mas a decisão é dele. Tento aconselhar. Mas a decisão terá de ser sua.
 Quase finda a época, a minha opinião sobre a Dragon Force, de Ermesinde é claro, é que falha em variadíssimos aspectos, sendo os mais relevantes, a constante falta de homogeneidade de tratamento para todos os elementos de um qualquer plantel, a cedência às imposições dos entes paternos e a falta de experiência, tanto desportiva como social da grande maioria dos seus treinadores, isto talvez devido à sua tenra idade e ainda poucas vivências dentro e fora do campo. Eu sei que nunca mais aparecerão Costa Soares, mas pelo menos há que tentar fazer uma aproximação no género. Talvez até o clube FCPorto esteja na situação que está, devido a uma má gestão da formação. Talvez...digo eu...
Tenho a perfeita noção de que os meninos deixaram de ser apenas atletas, e passaram a ser atletas filhos de clientes de uma qualquer instituição. E quando se é cliente faz juz ter sempre razão e poder exigir isto e aquilo. Não é para mim. Outra das falhas da Dragon Force de Ermesinde é ter colocado os resultados desportivos acima de tudo. Da evolução individual (de TODOS os elementos dos plantéis, talvez por razões economicistas da época vindoura; exerceram uma pressão resultadista sobre os jovens atletas que lhes retira o prazer de estar em campo, lhes amarra a criatividade e o à vontade de se divertirem dentro do campo, sobretudo nos jogos; um jogo constante de bola o mais longe possível da sua baliza, sem ligação, precipitado e sem nexo.
Poderia estar aqui tempo sem fim a falar de outros pequenos pormenores que não abonam nada em favor da construção de grupos coesos e felizes. Mas vou ficar por aqui. Destes dois anos não consigo retirar nada de bom. O Leo ainda consegue, os amigos que fez, não muitos e a prática de um desporto que deveria ser o mais colectivo possível mas que foi apenas uma junção de individualidades. Desiludido.

 PS. Para se ser treinador de futebol, quer da formação, quer de seniores, não basta apenas ter um curso de educação física ou outra qualquer formação superior. É necessário experiência em vários aspectos. O conselho que dou a esta malta que sai das universidades e institutos é que comecem por adjuntos ou preparadores físicos ou simples acompanhantes de equipas. Ganhem experiência sem estragar e sem debilitar psicologicamente, tacticamente e tecnicamente os miúdos.