quarta-feira, 13 de abril de 2011

Amigos...

Este é o primeiro preceito da amizade: pedir aos amigos só aquilo que é honesto, e fazer por eles apenas aquilo que é honesto.
(Cícero)

Os nossos amigos conhecem-nos na prosperidade. Nós conhecemos os nossos amigos na adversidade.
(John Collins)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Nestas minhas andanças pela vida, nunca chegando a conclusões porque hoje elas são conclusões mas amanhã já não deveriam ter sido. Acho que apenas vou aprendendo a pensar sobre os facto e a não os dar com certos, concluídos ou errados e inconcluídos.
Mas tudo isto porque tenho perdido um pouco a fé na amizade pura, desguarnecida de objectivos e de preconceitos. Claro que nunca serei também da razão, nem uma pessoa imaculada mas acho que me vou mantendo, ou pelo menos faço por isso, uns furos acima da média geral no que cerne às relações de amizade.
Tenho comprovado que o medo, sobretudo o medo, faz com que as pessoas pensem somente nelas e retirando-lhes a sensibilidade e sobretudo o bom senso. Sim o bom senso, que na minha opinião é das qualidades mais importantes na sociedade. Talvez aconteça devido à sociedade imensamente feroz no que toca aos planos financeiro e emocional. É nestes planos que regemos a nossa vida e pelos quais que a nossa vida se rege. Na minha opinião quase tudo está dependente do dinheiro e do sexo/amor. Tudo o que pensámos bem, de um segundo para outro muda para mal ou continua bem mas temos forçosamente que o aceitar mal.
Talvez tenha feito demasiada fantasia sobre a amizade e não sendo meu costume, me esteja a desiludir mais do que o habitual com este facto.
Acho que consigo lidar bem com estes factos devido a ter durante a minha carreira profissional vivido sempre um pouco na incerteza, tanto no aspecto da amizade como no aspecto profissional. O facto de ter de lutar todos os dias com colegas de trabalho por um lugar que semanalmente nunca poderia ser de todos foi duro psicológicamente mas trouxe-me um arcabouço diferente da maior parte das pessoas. O estar anualmente, com o chegar do fim das épocas futebolísticas, a ansiar pelas renovações de contrato ou da notícia da dispensa era desgastante! Penso que terei sido algo afortunado neste aspecto porque só por duas vezes em vinte e muitas é me tocou a mim. No entanto a alguém tocava todas as épocas...e todos sofríamos com isso, porque mesmo sendo a colegas com quem às vezes não tínhamos as melhores relações, eles também tinham famílias e a maior parte tinha que as sustentar.
Acho que foi por ter passado tantas vezes por estas situações que neste momento as encaro com alguma normalidade. De uma coisa me orgulho, é que desta profissão que tive durante tantos anos que foi a de futebolista, muito poucos terão feito tantas amizades como eu. E não falo de amizades superficiais e correm apenas enquanto a vida bem e sem problemas. Falo sim de amizades que estão sempre presentes no bom mas principalmente no mau. Sim quando precisamos de ajuda e eles estão lá, ou se não estão aparecem. Isto eu chamo de amizade sem subterfúgios ou objectivos.
Penso que será do sono que me estou a perder um pouco na escrita, porque já não me lembro o porquê deste texto e não me apetece rollar o scroll do rato.
Acho que vai ficar assim, ao menos fica verdadeiro e confuso...
Abraço

Manowar no Campo Pequeno: «Punhos ao alto e fé nos Manowar»


Manowar no Campo Pequeno: «Punhos ao alto e fé nos Manowar»
Diário Digital

Foi necessária uma dúzia de anos para voltar a ver os Manowar em terras lusas. O Campo foi Pequeno para uma batalha de duas horas e meia de power metal demolidor.

Está na moda remasterizar álbuns, adicionar músicas ao vivo e inéditos a essas reedições. Por necessidade ou não, os Manowar não fugiram à regra ao regravarem o velhinho «Battle Hymns» de 1982, rebaptizado »Battle Hymns MMXI». Ganharam números romanos, a narração do actor Christopher Lee e o regresso do baterista Donnie Hanzik. Para além das histórias épicas o original tinha motas, mulheres e cerveja; a versão remasterizada tem mais mulheres, mais motos, mais cerveja e mais tecnologia, tal como no concerto do Campo Pequeno.

As mensagens exibidas pelos fãs - «Back Home Kings of Metal», «The Time Strikes Now» ou «Hail and Kill» anunciavam a catarse dos lusitanos guerreiros e dos 12 anos de espera para ver os reis do metal. Com um arranque a fazer lembrar o inicio de qualquer um dos filmes da trilogia do Senhor dos Anéis, «Manowar» mostrou logo à partida umas das principais características dos seus concertos: decibéis muito elevados (desde 1986 que são uma das bandas detentoras de um dos PAs mais potente do mundo).

O avançar pelo «campo de batalha» dentro fez-se com hinos como «Death Tone» e «Battle Hymns» e, cedo se percebeu o porquê de, ainda, tanta gente gostar desta banda e esgotar salas para os rever. São exuberantes, tecnicamente irrepreensíveis e dedicados aos fãs. Eric Adams, vocalista de multi-octavas, é inspirador e tem dificuldades em optar entre o vinho tinto e a cerveja portuguesa (quando se deslocava aobackstage entre as canções). Ninguém grita como ele! Karl Logan, guitarrista, parecia manejar a espada de Hércules mas ligada às serpentes da Medusa tal a velocidade dos seus dedos, tendo como momento de glória o solo de «Sun of Death». Joe DeMaio, bom a falar português, também fez ecoar bem alto o seu baixo no tema-solo «William`s Tale» . O baterista Hanzik não perdeu a sua habilidade para dominar o pedal duplo da bateria.

O Campo Pequeno recebeu uma celebração do início ao fim, com conteúdo para dar e vender às actuais bandas, lições de humildade às mais antigas e acima de tudo gosto pelo que se chama de heavy metal. «Black Wind, Fire and Steel» já noencore, foi o culminar da celebração da manutenção do trono dos Manowar no metal mais clássico. 30 anos depois.