domingo, 28 de agosto de 2016

Vilar de Mouros 2016 - Old School


Grande dia, grande noite, grandes sons e grande ambiente.
Penso que não poderia ter corrido melhor esta nossa visita ao melhor recinto musical do país.
Ambiente descontraído, temperatura amena, e nós os 4, ou melhor 5, pois também um amigo do Castro, o Carlos (gente finíssima) se juntou à festa.
Bem hidratados, depois de estarmos esticados na relva ainda fora do recinto principal, lá entramos por volta das 19h00, quando começou o Samuel Úria a tocar. Francamente, não prestei grande atenção à actuação deste músico, dizem que foi um bom aquecimento...
Seguiu-se Bombino, um músico do Mundo, dono de um virtuosismo extremo na guitarra e com um som entre o Blues e o Rock. Não conhecia mas foi uma agradável surpresa.
A noite já ia caindo quando o Tiago Bettencourt entrou em cena. Na minha opinião, é um dos talentos actuais da música portuguesa. Apesar do estilo musical não ser dos meus preferidos, reconheço o valor e o imenso trabalho do Tiago. Dedicado, intenso e muito à vontade em palco deu um bom concerto.
Os Waterboys, a banda que mais influenciou a nossa visita a Vilar de Mouros, estava quase a chegar.
Começaram a todo o gás, continuaram prego a fundo e acabaram com 2 hits que na minha opinião foram a parte menos boa de um dos melhores concertos que vi até hoje. Talvez por os Waterboys não se converterem à comercialização dos seus produtos mais vendidos e terem ido por caminhos desconhecidos de grande parte do público, improvisando e alargando quase todos os temas, numa onda de virtuosismo e inspiração. Há dias bons e este foi um desses dias para uma banda genial.
Grande noite para eles e para nós os 5 que nos divertimos à grande.
A acabar, Blasted Mechanism, que já não vimos até ao fim. É bastante ritmado, grande imagem mas torna-se muito repetitivo
Um reparo à organização do evento, que em termos alimentares não o preparou bem. Tudo demasiado caro, em poucas quantidades (esgotou tudo) e com pouca escolha.
Fica viagem marcada para o ano, naquele que considero o melhor festival musical do país.
Obrigado à Elisabete, à Geni, ao Castro e ao Carlos pela noite proporcionada.



quarta-feira, 3 de agosto de 2016

A experiência Celfinet



A experiência Celfinet.

A empresa:
Este empréstimo temporário deveu-se a um acréscimo de trabalho para a implementação de uma segunda portadora, na tecnologia U900, para a operadora Vodafone UK.
Como o número de sites diários em que estas alterações teriam que ser efectuadas era elevado, a Celfinet decidiu contratar temporariamente alguns profissionais de outras empresas ou estagiários do ramo. E acabei por ser um dos comtemplados...
Quando cheguei, isto no dia seguinte a ter voltado de férias, não sabia minimamente para o que vinha, nem por quanto tempo, nem onde iria ficar alojado. Normal...à CME.
Após uma breve apresentação da empresa pelo Ricardo Reis, um dos chefes deste projecto, logo começou a formação teórica e prática ministrada pelo João Pinhal que iria ser a pessoa que nos iniciaria no projecto.
A Celfinet revelou-se uma empresa bastante dinâmica, alegre e sem preconceitos de género algum.
Funciona num openspace, onde não existe separação por cargos ou chefias.
Bolas brancas de esponja são variadíssimas vezes arremessadas entre todos, instigando aos reflexos, atenção e alguma destreza.
O "tu" é a forma usada para a comunicação entre todos os colaboradores da Celfinet.
Todas as quintas-feiras é usado o terraço para o "Sunset semanal", onde bebidas alcoolicas ou não, e a musica, quer de bandas contratadas, quer de algum colaborador designado para DJ, proliferam.
As necessidades que possam ajudar a optimizar os processos são apontadas diariamente por uma pessoa designada para tal,, e repostas em pouco tempo.
A boa disposição reina nesta empresa, tudo flui normal e rapidamente.
De notar que a grande parte dos colaboradores, quando o trabalho assim o exige (quase sempre), sai da empresa a horas tardias mas com o tempo bem aplicado.
As condições oferecidas são excelentes, desde bebida, comida, tudo gratuito, assim como balneários e "WC", como de um local bastante aprazível para as refeições.
Exitem várias paredes que podem ser escritas com tudo o que se acha importante para a boa realização do trabalho. Muito eficaz para evitar esquecimentos.
No fundo, penso a Celfinet tem todos os atributos para poder brilhar.
Malta profissional e com vontade de executar tudo da melhor forma.

Os colegas:
O primeiro que conheci foi o Rodrigo. Chegamos no mesmo dia, ele como estagiário.
Um verdadeiro "geek", super-interessado por tudo o que é tecnologia e ferramentas para optimizar processos. Um miúdo educadíssimo, inteligente, um pouco inseguro, mas um verdadeiro companheiro.
Era ele que coordenava os restantes estagiários. Penso que vai longe no mercado laboral.
Depois veio o João Pinhal. o nosso "mentor", cuja função era a nossa formação ao mesmo tempo que ia resolvendo tudo e mais alguma coisa. Uma capacidade de trabalho interminável.
Muito atento, rapaz de frases feitas mas bastante engraçadas. Penso que tem muito conhecimento de todas as áreas de telecomunicações. Era de uma aldeia perto de Leiria, humilde mas exigente.
Mais tarde, e porque o Pinhal passou a fazer noites, conheci o Rui Ventura. Um miúdo com bom trato, penso que de uma família de posses (digo eu...), muito atencioso e cuidadoso no relacionamento com os outros. Sempre disposto a ajudar e com bastante à vontade na plataforma Ericsson. Um miúdo que me fez lembrar um pouco a minha adolescência, talvez pela moto, o cabelo comprido e as All-Star. Penso que ficaremos amigos.
O Sandro, é uma grande personagem. É o meu companheiro de almoço, super-divertido, dono de um humor finíssimo, ouve metal e tem um bebé pequenina!! Com bastantes experiências de vida, de trabalho e de locais, tais como Angola, Marrocos e outros que tais. Admirador de automóveis e motos. "Gasta pouco quando não tem e muito quando tem!!! " Grande peça esta.
O resto da malta do escritório é bastante alegre e trabalhadora. Um grande ambiente.

Os locais de alojamento:
Foram variados os locais onde basicamente dormi. Nas duas primeiras semanas, ainda à espera que a CME me alojasse, o local para a pernoita era quase sempre escolhido após o jantar. O Booking foi uma ajuda preciosa nestes dias. Desde hotéis excelentes, passando por casa de amigos, por hostels e na maior parte do tempo, por quartos alugados em apartamentos partilhados.
Aqueles mais peculiares foram os mais baratos. Tanto nos hostels como nos quartos vivem-se momentos fantásticos, tanto bons como maus.

Estive num hostel em Santos, 4º andar sem elevador, cujo proprietário era inglês, de seu nome Vincent, muito alegre e simpático, mas que tocava muito bem viola... Lá me acomodei no quarto. A cama era um colchão finíssimo em cima de duas paletes, giro e original mas pouco confortável. Seguidamente, disse ao Vincent que iria sair para jantar mas voltaria cedo para tentar não incomodar ninguém, visto a insonorização do imóvel ser bastante deficitária. Ele respondeu com um aceno e continuou a tocar o seu repertório para a malta que o ia acompanhando vocalmente.
Quando regressei, por volta das 23h30, ainda se ouvia música, agora, não apenas a viola e as vozes, mas também uns djembês se tinham juntado ao convívio. E foi assim até às 5h00 da madrugada, e para quem teria que se levantar às 6h30 para trabalhar não foi de todo agradável...apenas porque o tipo de música não era o meu género rsrsrsrsrsrsrsrs  Apenas fiquei essa noite...


Num outro dia fiquei alojado numa casa, em Vila Nova, perto da Costa da Caparica, que se ainda não tivesse pago quando a vi, teria voltado logo para trás, isto apenas pelo aspecto exterior da mesma.
Mas foi só má primeira impressão porque até se revelou uma boa surpresa. Quarto grande e com uma varanda porreira. E um pastor alemão (Paco) enorme que recebia todos os ocupantes da casa euforicamente... Já por  aí fiquei 3 noites com muitas lambidelas do Paco.

Em Odivelas, também estive 3 noites num quarto do apartamento do Carlos, um português com descendência indiana, que lá vivia com o filho de 7 anos. Além de um brasileiro que ouvia a toda a hora Joy Division. Não sei o nome dele e nem se ainda está vivo...
O apartamento era grande, moderno mas muito quente. Muito quente mesmo! Não sei qual seria o problema mas teria de existir algum com certeza. Não existindo ar condicionado, o Carlos providenciou-me uma ventoinha para melhorar a temperatura, mas acho que nem mesmo uma torre eólica o conseguiria fazer...


Mas o mais caricato mesmo foi em Queluz. Tinha combinado por email com a Sofia, a proprietária, estar à porta às 19h30. Ainda em viagem recebi outro email a adiar o encontro para as 20h00. Como cheguei mais cedo fiquei no carro a ver o ambiente do local. O prédio estava todo grafitado, mas mal grafitado, muito mau aspecto mesmo. Mas o mais engraçado mesmo foi quando vi uma senhora a passear um porco, não um porquinho-da-índia ou um leitão, era mesmo um grande porco, vestido com um xaile e que ...quando terminou o passeio, entrou lá para o prédio! Foi algo que nunca tinha presenciado. Iria ficar num prédio em vivia um porco (animal)!
Entretanto a Sofia chegou e subimos. 3º andar sem elevador. Com cheiro a bacon a acompanhar-nos.
O apartamento estava impecável, os quarto é agradável e as casa de banho muito limpas e asseadas. Por tal ainda me encontro nestas acomodações. Neste momento também lá está a ficar o Angel, um espanhol de Málaga que estuda fisioterapia numa Universidade de Lisboa. Rapaz inteligente e muito boa onda. Dá-me cerveja todos os dias!!! Para a semana chega "su novia" para conhecer o país melhor.
A foto seguinte não é do "meu" porco, mas foi o que de mais parecido encontrei.




Até agora é o que se vai conseguindo em tempos de crise e poupança. Um mês ainda falta e de certeza que mais experiências giras surgirão nesta cidade incrível.
O site Airbnb vai-me proporcionando estas experiências.

Finalmente, e no último mês e meio da estadia por terras lisboetas, encontrei um local aprazível para ficar alojado. Igualmente pelo Airbnb, aluguei semanalmente um quarto em S. Marcos, no apartamento do Pedro Casqueira, um surfista de Carcavelos. Gente finíssima, sempre disponível e boa "onda".
Aí fiquei ate ao final do projecto, tranquilo e bem alojado.
Na Celfinet, de destacar também outras pessoas que me ajudaram e com quem convivi, o Rui Duarte, o Pacheco, o Renato e o Bruno Pereirinha, este último, uma grande peça. Ex-nadador, estagiário de telecomunicações, bastante bem humorado, inteligente e ... com uma dor alojada no ombro direito que reflectia para o braço ;), algo com que eu brincava com ele diariamente.
Malta do melhor.
E assim terminou o meu empréstimo à Celfinet, estando no início de Setembro.
Gostei bastante.

Lisboa:
Pessoas, Fado, Concertos, Teatros, Fernando Pessoa,  Ginjinhas, Bifanas,  Cheiros, Indianos, Caril,  Culturas, Paisagens, Mar, Rio, Montanha, Bairros-de-Lata,  Monumentos, Porcos em apartamentos, Furões de trela no Bairro Alto, Chapitô,  Sem-Abrigo, Lojas-Luxo, Pretos, Amarelos, Brancos, Vermelhos, Bons, Maus, mas quase todos educados e nada rudes. Talvez tenha tido sorte mas continuo a gostar bastante desta cidade.



Metallifuckinca

Já tem uns anos largos mas ainda me rio à brava a recordar! E começo a ficar com saudades dos meninos com estas idades.
Este video serviu para um concurso em que o 1.º prémio era uma viagem à Índia para um concerto dos Metallica...não chegou para ganhar..ficamos em 2.º lugar e como prémio veio um cd da banda.
Aqui fica o vídeo, gravado em 2011.