segunda-feira, 8 de maio de 2017

Colégio de Ermesinde 2016/17


De facto é de louvar o comportamento, ao longo de toda a época, de dois grupos fantásticos, o grupo do plantel e o grupo dos pais, este último sem dúvida o mais educado e simpático no qual estive inserido. Penso que a nível comportamental e de educação cívica foi excepcional. Todos elementos da equipa técnica e departamento médico deram o seu melhor e há que agradecer esse grande esforço.
Já a nível desportivo, na minha opinião, o Colégio de Ermesinde (Dragon Force) vive momentos de grandes incoerências. Quais são de facto os seus objectivos? O que se pretende das suas equipas? O que se pretende dos seus atletas? Títulos ou competências para futuramente se saber jogar bom futebol? Motivar todos com oportunidades ou ficar com alguns miúdos apenas para encher plantel? Isto porque, não se consegue nunca evoluir sem competir, e se o objectivo primordial é a evolução, a incoerência é visível. A subida de divisão era uma meta bastante difícil de alcançar atendendo à qualidade de futebol apresentado durante toda a época. Compreendo que sem grande matéria-prima não é fácil trabalhar, mas pelo menos tentar é exigível. Não gosto, nem é meu apanágio criticar os treinadores de quaisquer instituições desportivas, mas acho que com este meu comentário os irei ajudar a melhorar o seu desempenho. Neste último jogo, os erros de abordagem foram tremendos. É inconcebível colocar o jogador mais agressivo no ataque durante toda a época, fora da equipa, optando por um avançado que foi o defesa-central no penúltimo jogo...completamente sem rotinas da posição e que durante toda a época não evidenciou a mínima disposição para a posição. Colocar um habitual extremo a defesa lateral no último jogo da época? Porquê? Centrais a médios? Porquê? Abdicar da construção pela destruição? Porquê? Consegui ver ao longo de toda a época mais de 100 livres na intermediária bombeados para a área adversária...o que dizer... Os mecanismos da primeira fase de construção foram inexistentes. Sem isso não se consegue jogar bem... A falta de sensibilidade demonstrada em ausências de substituições é marcante para miúdos de tão tenra idade e irá provocar falta de confiança para os próximos desafios. Sei que só se tem noção disso, se se lá andar, mas há que aprender e melhorar. Por tudo isto...
acho que afinal os objectivos da formação da Dragon Force são os resultados das suas equipas e não o proporcionar uma melhoria das capacidades dos seus formandos em termos desportivos.
Falta de conhecimento do jogo em termos presenciais assim como ausência da noção do que pode ser motivacional ou pelo contrário, do que não é nem motivacional nem gera o mínimo de confiança para se conseguir falhar sem ficar desmotivado, nem desconfiado das suas capacidades. Este segundo ano de iniciados é aquele em que se transita de facto para a competição a sério e que irá ser um alicerce para toda uma carreira desportiva. Quando lá se chega, a dimensão táctica e técnica já terá que ser trabalhada em moldes associados à estrutura psicológica de cada um dos intervenientes. A estabilidade emocional para alguma falta de êxito que possa surgir nos duelos diários e principalmente nos semanais já deveria ter sido conquistada. É apenas uma continuidade da desilusão... Mas, nunca irei tentar influenciar a decisão dos meus miúdos em querer continuar nesta instituição a praticar desporto. Se eles se sentem bem talvez seja eu que esteja errado... Um abraço a todos os miúdos e seus progenitores pelo convívio extremamente salutar durante toda a época.