domingo, 15 de outubro de 2023

De volta ao meu Paraíso, mais uma vez!!


 Como eu adoro esta ilha! Aliás, gosto de todas, mesmo do Corvo...que é a única que não conheço!!
Desta vez, eu e a Elisabete viemos com os nossos amigos Quim e Patrícia, que ainda não conheciam.
A mim, nunca me desilude. Gosto do clima, da comida, das pessoas e de uma natureza incrível! O verde é diferente, o azul é diferente, tudo é bastante peculiar!
 Ficamos alojados em Capelas, na parte Norte da Ilha, numa casa bastante gira, com quartos enormes, uma sala muito boa, mas pouco funcional, devido a ter um único WC para banhos no piso de baixo, contando que os quartos eram no de cima. Mas nada que nos incomodasse muito. 
 

  A primeira refeição foi o jantar porque apenas viajámos à tarde, e como estavamos perto, fomos comer
uns bifinhos à Associação Agrícola. Optámos por pedir 3 bifes de diferentes partes do animal, eu, a Elisabete e o Quim, já que a Patrícia escolheu Atum. E realmente fazem bastante diferença, a avaliação deu o 1º lugar ao Lombo, como seria expectável. Não que os outros sejam fracos, mas há alguma diferença, tanto no sabor como na textura. Mas há gostos para tudo.
 Em casa, à noite, e como é costume com estes nossos amigos, a suecada não pode faltar, assim como um copinho de bom vinho a acompanhar.
 Esta malta é de cedo erguer e começar logo com muita cafeína! E assim foi diariamente!
 Normalmente, traço um itinerário para cumprir à regra, neste caso, foi mais à vontade e sem grandes exigências de horários.
E quase conseguimos ver tudo o que estava planeado. E comer onde estava destinado.
 Ha locais que serão sempre de visita obrigatória, até porque a meteorologia do Arquipélago nem sempre permite a sua visulização dos miradouros.
Na Lagoa das Sete Cidades tivemos sorte, aliás, foi a única que se conseguiu ver de cima. A Lagoa do Fogo até parecia ter desaparecido com o nevoeiro!!


 Passamos nas Ferrarias para o tradicional banho, e apesar de as melhores condições para a água estar bem quente, não estarem reunidas, pois a maré ja estar quase cheia, deu para uma bela banhoca a uma boa temperatura.


Ao almoço, nada melhor do que um Polvinho no "Américo de Barbosa", não sem antes abrirmos com umas lapas fantásticas, com um branquinho fresco a acompanhar.


Para a digestão, um passeio por Mosteiros e pelos "Caneiros" que são as suas piscinas naturais.
A chuviscar mas até sabia bem.


Mais um jantar se aproximava, e seguimos para o centro de Ponta Delgada, onde jantaríamos na "Tasca". 
Ainda visitamos e passeamos nas "Portas do Mar", bebemos umas cervejas e conhecemos 3 miúdos fantásticos na esplanada da cervejaria.
Na Tasca, muita gente à espera de mesa, mas bem organizada a espera, com uma mercearia pertencente à Tasca, a dar apoio, tanto em petiscos como em bebidas! E foram bastantes as cervejas nativas que eu e o Quim encorpamos antes do jantar. Penso que até Israelita falei com uns turistas provenientes desse país (não sabiam o que os esperava uma semana depois do regresso à terra), que estavam na nossa mesa partilhada.
 A refeição foi à base de pratinhos disto e daquilo, desde Mão de vaca, a Dobrada, a Alheira, Moelas etc... Tudo bom, não muito bom, apenas bom.

Tardamos a chegar a casa mas as cartas para a sueca estavam à nossa espera.
Outro dia, pequeno-amoço numa pastelaria de Capelas, com um pão fantástico.  
Viagem até às furnas, onde iríamos almoçar o tão famoso Cozido no Tony's. 
No percurso, fomos conhecer a Fábrica de chá do Porto Formoso, como já conhecíamos a Gorreana, optámos por mais uma novidade. Mais pequena, com menos afluência, mas com um staff muito simpático e um cházinho agradável. 



E seguimos estrada fora até ao Tony's.
Paramos no Miradouro mais engraçado e um dos mais bonitos da Ilha, o Miradouro da Ponta do Sossego, que tem uns moradores muito especiais! 6 ou 7 gatos por lá habitam, com comida e bebida farta, que deve ser colocada por funcionários da Câmara Municipal. Todos lindos e amistosos.



O Cozido - mais uma desilusão. Penso que apenas gostei uma vez, a primeira! Talvez pela novidade, ou porque de facto estava melhor!! Contudo, o objectivo estava atingido, que era o Quim e a Patrícia provarem. 
Seguimos viagem para a Lagoa das Furnas com a sua envolvência fantástica.
Lá conhecemos uma grande personagem que já colocava e retirava os tachos do Cozido de todos os restaurantes da zona, há 40 anos.
No parque envolvente da Lagoa das Furnas surgiu um novo trilho, pago e que teremos que experimentar numa próxima visita.




Voltamos às Furnas para uns banhos quentes na Poça da Dona Beija. Não pode nunca faltar também.
Tudo muito bem tratado e agora aberto até às 23h00, e segundo dizem, à noite é lindíssimo!


De banho tomado e alma lavada, seguimos para a Lagoa do Congro, e pela primeira vez iríamos descer mesmo até à agua. O tempo não estava a ajudar, principalmente com o nevoeiro mas o percurso é encantador.


Este dia tornar-se-ia no pior a nível de alimentação com o jantar, que seria no Cais20, mas que por se encontrar lotado, deixou de ser a escolha, encaminhando-nos para o vizinho Mar e Serra.
Um Arroz de Marisco fraco, acho que apenas as torradas me souberam bem. 
A não repetir. O estranho é ter encontrado lá o Pauleta, que gosta de se alimentar bem...
A suecada estava à espera, e lá fomos fazer-lhe a vontade.
 Novo dia e novos passeios. O próximo destino seria para o meu local preferido na Ilha, a Caldeira Velha
Local bem explorado, bem trabalhado, mas ainda assim parece que estamos a entrar no parque Jurássico. E aquelas piscinas com àgua bem quente são o ideal para fechar os olhos e pensar...em nada!


E para continuar o relaxamento, um almoço na Caloura viria mesmo a calhar!
Chegamos à hora certa, 11h45, porque dái para diante foi uma larga fila para se arranjar lesa para almoçar, talvez devido a ser feriado nacional.
Talvez um dos melhores almoços da minha vida! 
Naquela baía paradisíaca, com o barulho das ondas, numa mesa com uma vista fantástica, tudo fez sentido.
Combinamos vários peixes para não ficarmos de água na boca. Raia, Peixe Porco, Atum e Bicuda, não sem antes integrarmos as Lapas do costume!
Tudo divinal. Mesmo o Rocim branco soube melhor.
Aconselho vivamente uma refeição neste local sempre que se visitar a Ilha.


Abastados, mas desgastados, fomos até casa jogar uma suecada e descansar um pouco, até porque o jantar no "Silva" na Ribeira Grande,  com o Basílio e a Paula se avizinhava. Não sem antes irmos ver os ananases em Ponta Delgada.




 Às 20h lá estávamos, preaprados novamente para dar ao dente!
O "Silva", não conhecia, era uma marisqueira mas optámos todos pelos diversos bifes que eram a especialidade da casa.
O que comi era muito bom e bem servido. O staff atencioso.
Demos à letra umas horas com o casal que lá vive, contamos novidades, ouvimos novidades e falou-se bastante no boom imobiliário pelo qual os Açores estão a passar. É de facto incrível a quantidade de negócios a preços exorbitantes que se fazem por aquelas bandas.
 E assim estava a chegar ao fim a nossa escapadinha. O avião de regresso era às12h do dia seguinte.
Ainda deu para se comprar uns queijos no Rei dos Queijos entregar o carro na rent-a-car, que foi a Goldcar, a qual recomendo pela simplicidade de processos e pela delicadeza que tiveram em nos proporcionarem o aluguer de um carro de uma gama mais alta pelo mesmo valor, apenas porque já era a 4ª vez que os escolhíamos.


Os vôos correram os dois de uma forma tranquila e a chegada foi reconfortante, como são todos os regressos a casa.
Obrigado ao Quim e à Patrícia pelos bons momentos proporcionados.

Ps. Patrícia, até os derretemos na sueca!! ;)


segunda-feira, 12 de junho de 2023

Relaxar é em Tourém!

Tourém é uma freguesia portuguesa do município de Montalegre], com 16,61 km2 de área e 110 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é 6,6 hab./km².

Em 2021, Tourém foi a sétima freguesia com menos habitantes em Portugal, e a terceira com menos habitantes em Portugal Continental.

A aldeia de Tourém é a única povoação portuguesa situada a norte da serra do Gerês, na margem esquerda do rio Salas, entre as aldeias galegas de Requiás e Guntumil (concelho de Muíños) e Randín (concelho de Calvos de Randín). O antigo castelo português da Piconha e o território do Couto Misto ficam um pouco mais a leste.



Dia - 08
A nossa escapadinha, dos frequentes 4, durou 4 dias, de 08 a 11 de Junho de 2023.
No primeiro dia, e durante a viagem, após esticarmos as pernas e tomarmos o pequeno-almoço no centro de Ponte de Lima,


almoçamos um sarrabulhozinho na Casa Borges, na Correlhã, a alguns kms do centro. 
Optámos por esta casa, porque além do Arroz de Sarrabulho ser de altíssima qualidade, consegue-se fugir um pouco da confusão que se faz notar em Ponte de Lima aos fins de semana. 
Como sobremesa, dividimos um creme queimado que é uma das especialidades da casa.


E já mais consolados, seguimos viagem até ao destino.
Antes de chegarmos a Tourém, ainda bebemos um fino no Lindoso, com uma magnífica paisagem! E num dos piores cafés da região...

Assim que chegamos à aldeia, que apesar de não ter muitas casas, ainda tem umas vielas dificeis de circular de carro, lá encontramos a Casa da Gracinda!!
Que se viria a revelar uma excelente surpresa. Muito bem equipada, acolhedora e funcional. Recomenda-se!
   

Ainda nos deslocamos a Montalegre para abastecermos de comida e bebida. E que sorte tivemos!
Foi talvez a melhor refeição dos 4 dias. Umas extraordinárias costeletas compradas no Intermarché, que, temperadas apenas com sal e caiene, se mostraram divinais. Tenho pena de não ter nenhuma referência fotográfica das ditas cujas.
E após a janta, como de costume, seguiu-se uma longa amena cavaqueira, bem regada e bem acompanhada musicalmente. Seguindo-se xixi, cama.

Dia 09 - 
Acordar cedinho para aproveitarmos para explorar bem o território.
A viagem até Pitões das Júnias teve como quase sempre a presença pela estrada fora de animais quadrúpedes. Desde bovinos a equinos.

Com uma pequena volta pela aldeia, à espera que o restaurante " Casa do Preto" abrisse portas.
Fomos muito bem recebidos, como é apanágio das gentes das aldeias do Norte, mesmo Norte, de Portugal. Duas colaboradoras bastante simpáticas e conversadoras aconselharam-nos o repasto.
Escolhemos Feijoada e também Posta para fazermos um mix entre todos. Não foi a melhor refeição do passeio, foi razoável, mas bem pago. Já por lá comi melhor...

Entretanto, e como fomos tirando indicações para o passeio pós-almoço, tanto para gastar algumas calorias como também para conhecermos algumas das melhores vistas da aldeia.
Conhecemos a Cascata de Pitões, o seu Mosteiro, erigido no Séc IX, que tem uma história bem engraçada, e a Aldeia Velha do Juriz. Tudo valeu a pena mesmo com o tempo farrusco, sempre a orvalhar, com bastante nevoeiro e um piso bastante escorregadio.
À saida do estacionamento apareceu do nevoeiro uma sede tremenda e para mos ao acaso no primeiro local que apareceu e que se viria a revelar uma agradável surpresa. A Taberna do Caskais, sítio decorado de uma forma estudada, ou não tivesse sido já um armazém de alfaias agrícolas, com clientes suigeneris e uns proprietários ainda mais!!
Como normalmente somos de relaçãoes fáceis, acabamos por, em pouco tempo saber um pouco da forma como foi criada a Taberna, o que faziam os proprietários antes desse passo e como se estavam a dar na nova aventura. Muito giro.







Após as visitas, tivemos que nos deslocar a Montalegre para comprarmos o jantar e seu acompanhamento.
Assim que chegamos à Casa da Gracinda, colocamos as "mãos à obra" e toca a preparar o assado para a noite que se avizinhava bem fria.
Após algumas horas, para assar bem lentamente, a costela lá saíu do forno, com aspecto de quem queria ser comida ;) E foi, muitíssimo bem regada e como é apanágio, seguiu-se a amena cavaqueira até às tantas em regime de discos pedidos. 



São estes momentos que ficam para a vida, aqueles em que convivemos com os amigos e que amigos!
A subida das escadas para os quartos foi dolorosa e cambaleante, devido ao néctar ingerido e ao cansaço acumulado com origem nas caminhadas pela montanha.

Dia 10 - 
O pequeno almoço depois das noitadas sabe sempre bem para reconfortar novamente a alma! E nestas paragens, onde normalmente se acorda com o barulho dos chocalhos do gado a ser levado para as pastagens, sabe ainda melhor!
Era dia de visitar as Caldas de Bande, onde existem algumas piscinas romanas de àgua mineral quente. Mas antes ainda passamos pela sua Igreja Matriz.

A visita foi rápida porque não achamos grade piada e já lá se encontrava alguma gente. De qualquer forma todo o conhecimente é bem vindo.

Iríamos almoçar e visitar Montalegre e o seu Castelo.
A viagem até ao destino é sempre relaxante, pelas paisagens bucólicas, o tempo, com o seu cinzento, também deu uma ajuda nessa melancolia. Adoramos o simples facto de estar a passear com calma por uma estrada sinuosa que parece esculpida no meio de tanto verde.

Chegamos a Montalegre em cima da hora do almoço e fomos a um restaurante, D. João, onde já tinha ido almoçar em trabalho duas vezes. E comido bastante bem. 
Desta vez, desiludiu, principalmente o Arroz de Presunto que veio para a mesa, nem seco, nem malandro, nem eu sei muito bem. Há dias assim. A carne também não estava nada de especial. Valeu pelo convívio e por algumas histórias engraçadas contadas pelo proprietário.

Para fazer a digestão, nada melhor do que subir e descer as escadarias de um castelo!! E lá fomos visitar o Castelo de Montalegre. 
Encontra-se em bom estado de conservação e no seu topo, a a paisagem é gira.



Com um passeio dado, e ainda apanhando a apresentação de um livro no Eco Museu de Barroso.
Que deu para trazer o livro assinado, por sua vez muito interessante. Travamos conhecimento com uma personagem inesquecível e que nos ocupou pelo menos 30 minutos em discurso fluido e unidireccional!! O cavalheiro chamava-se Ernestino Maravalhas e é um consagrado entomólogo, rendido à maravilha do Barroso e do seu mundo de borboletas! Em alguns minutos ficamos a saber de longos anos da sua vida, e a um ritmo digno de um baterista de speed metal!
E que nos falou de uma espécie de planta, só existente no Barroso e no Nepal, a qual fomos à procura, seguindo as coordenadas dadas pelo Ernestino, mas que nunca conseguimos encontrar... mas bem tentamos. 
Seguimos para casa, mas já abastecidos com material para uma Açorda de Marisco para jantar.
Normalmente, a preparação das refeições é dos meus momentos preferidos. A preparação, a prova, os ajustes, o copinho do vinho já aberto e por fim o resultado final, que é quase sempre bem satisfatório!
Neste caso apenas ajudei, porque o Castro é que é o especialista neste tipo de prato! E que boa que estava!

Penso que nessa noite nos deitamos mais cedo do que o habitual porque o cansaço já era muito.

Dia - 11
O dia de regresso, também reconfortante, pelo simples de facto de, apesar de gostarmos de estar fora, também gostamos de regressar a casa e estar de novo com os miúdos!
No entanto ainda a viagem para fazer. E optámos por uma estrada ainda no percorrida desta vez. E escolhemos a N103, que é uma das estradas que mais gosto. A vista da Barragem de Pisões e da Venda Nova são bastante interessantes.
Para o almoço, liguei a um amigo da Confraria, mestre naquela região, a pedir uma sugestão. E o sugerido foi o Restaurante Largo do Souto. Gostei muito. Apesar de já estar um pouco farto de tanto comer durante os dias anteriores, o Bacalhauzinho frito acompanhado por um verde tinto de malga, souberam-me pela vida. Tenho que lá voltar para experimentar outros pratos.

E assim seguimos a viagem restante até casa, sempre em segurança e com calma, muita calma.
Até à próxima escapadinha!

Obrigado ao Castro e à Geni pela magnífica companhia!